quinta-feira, 24 de novembro de 2016



Roda de Mar

Os dias estremecem de saudade
Debruçados em varanda de espuma
E o espírito liberta-se, voga sereno
Mestre-escola da senda da vida

O som eleva-se ao bramido do vento
Enche-se de luz, fogo, melodia
Na candura com que te embala
Minha voz é cântico, carícia, entrega

Na roda de mar que nos aconchega
Trono de paredes de rocha nua
Mergulho na maré de teus sonhos
E sou alga, água, jardim ou lua...

Maria de Jesus



1 comentário:

Unknown disse...

Poesia! Poesia atrai poesia... corro para ela como se o mundo fosse um lírio a abrir-se sem matizes de sombras, de cinzas...
" Certa madrugada fria/ irei de cabelos soltos/ ver como crescem os lírios. Antes que o sol apareça/ neblina rompe neblina/ com veste brancas, irei..." Henriqueta Lisboa, os Lírios