domingo, 27 de maio de 2018

O PÃO




O pão adormecia longamente nas masseiras
Até o forno vigoroso e forte
Se encheu de lumes
E aquela espera se transformar em rede cheia
De saborosos paladares…

A minha mãe, enfarinhada
Retirava as broas
Que haveriam de durar
Toda a semana…

As nossas bocas
Retalhavam aqueles odores quentes
Como uma plenitude toda
Digna de filósofos…

António Alves Cardoso

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