sexta-feira, 11 de novembro de 2016





MEU AMOR

Meu amor, são nossas todas as noites e estações  
É nosso o amor que nos embala na vertigem dos dias
Os beijos, as carícias, as emoções, as palavras eternas
E fugidias, é nosso o vento, o sol, o mar, os rios, 
O que antes não via,
É nosso o mistério de não haver mistério 
Em coisa nenhuma, e beleza, muita, em cada dia… 

São nossas as manhãs de verão e as tardes de inverno
A chuva, o frio e o sol dourando as folhas e 
As árvores, o jardim repleto de folhas castanhas, amarelas,
E nunca, meu amor, nenhum outono me pareceu assim
Tão morno, tão sublime, e as árvores tão belas!

E cada folha caída é um beijo a menos que demos, 
Mais perto a despedida, e cada lágrima derramada 
É o Outono onde amanhecemos, a eterna madrugada…

Estes versos, quem sabe quem os lerá?
Mas o nosso amor, esse, meu amor
Renova-se em cada estação,
É outono, é inverno, é verão,
É primavera que não acabará!...

Cecília Pires 

3 comentários:

Unknown disse...

E por vezes faltam as palavras só me ocorre...comovente...
"E cada folha caída é um beijo a menos que demos,
Mais perto a despedida, e cada lágrima derramada
É o Outono onde amanhecemos, a eterna madrugada…"

Unknown disse...

Bravo! O Amor cantado nos dourados do outono. O Amor de todas as estações.
Elevemos as nossas vozes ao Amor verdadeiro para que tudo se complete em completo sentido.

"Quem mente sobre o amor, destrói o valor das palavras" (Elizabeth Jane Howard)

Anónimo disse...

Mas, que lindo poema! O amor que toca duro e forte e que se renova em cada estação, não pode morrer. Desejo, que a autora tenha sempre muita inspiração para nos deliciar com poemas desta natureza. E que o amor, seja sempre sol, em cada etapa da sua vida.