segunda-feira, 20 de junho de 2016


MATER

A lua traz no ventre,
Aquartelado pelo tempo,
O presente efémero
E sonhos com asas de flamingo.
Os filhos do coração
Pintam o colo das mães
Com dedos de fantasia.
Mulheres d’areia,
Gaivotas de olhos salinos,
A choverem gotas de mar
Por entre seios desnudados
No chão de luar.

Lurdes Breda


3 comentários:

Unknown disse...

Há poemas tão sublimes que nos abraçam! Muitos parabéns!

Cecília Pires disse...

Lindo e ternurento! Tudo é tão efémero, tão passageiro, que só o amor que transportamos na alma vale a pena! O amor e o sonho!

Maria Adelina Lopes disse...

Mater, a energia de que o mundo precisa, com urgência...belo poema