segunda-feira, 20 de junho de 2016



Portugal é
Sem dúvida alguma
Um reino como ele só
Entre toneladas de rock
E outras tantas de futebol
Abafou-se o pensar, o sentir
Da maioria que tenta subsistir
Do idoso que tem que escolher
Entre os remédios e o comer
Do trabalhador que baixa a fronte
Que a migalha que ganha
É o ponto alto do debate
Dos orientadores da nação
Que para eles guardaram
Cem vezes mais do que dão
Como se lhes pertencesse
A riqueza do país
Ou a vida do cidadão
Armados de decretos condenam
À miséria e ao estender a mão
Mas de ti não tenho pena
Povo de vã glória
Que deixaste esmorecer
A herança dos séculos suados
Salta e pula nas arenas do rock
Ao ritmo dos novos bobos da corte
Berra, invectiva, deixar sair a besta
Nas arenas dos craques das mafias
Em que barril flutua a tua consciência
Onde te afundaste nobre povo
Raça extinta de um reino
Que existe apenas
Numa memória do futuro

Viriato




3 comentários:

Unknown disse...

Sentido! Parabéns, as palavras não se domam...

Cecília Pires disse...

Onde está o 5.º Império, o império espiritual, que Fernando Pessoa tanto desejava. Morreu no areal, em Alcácer Quibir... Não se cumpriu ainda Portugal, é certo, mas irá cumprir-se... É a hora!

Maria Adelina Lopes disse...

“O Quinto Império será o restaurar da criança em nós e em nós a coroarmos imperador, eis aí o primeiro passo para a formação do império" Agostinho da Silva - Ou seja é a escolha de cada um de nós irmos ao encontro do Reino fadado para Portugal.