segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

POEMA AO ANO NOVO Fina d’Armada



POEMA AO ANO NOVO


                                                                                 


                       
Já lá vem, já lá vem o Ano Novo!


O Ano Novo já lá vem, já lá vem!




Brotam das águas em explosão raios de fogo.


Sobem lírios que no céu se tornam rosas,


fica iluminada e colorida a multidão.


Cabeças se volvem para as estrelas como rezando,


gritos de espanto e de alegria vão soltando.


Rebenta uma rolha, estoira o vinho, a espuma voa.


Champanhe entra em bocas abertas de euforia.


Engolem-se passas, formulam-se votos, doze desejos


ao som de estalidos em festa, sonhos e beijos.




Já lá vem, já lá vem o Ano Novo,


já lá vem anunciando a madrugada!


Das águas emergem novas girândolas florindo


nascidas da criação da mão humana.


Os olhos sobem com os foguetes às alturas


que se abrem, rodopiam, desabrocham


em lágrimas azuis, cor do sol e vermelhas


ora a explodir ora a murchar como centelhas.




Já lá vem, já lá vem o Ano Novo!


Já lá vem um novo ano de mansinho!


Marcha o tempo, marcha a vida devagarinho.




Já lá vêm lembranças e amarguras,


novos pedidos aos céus iluminados.


Um bater de corações, um sonhar com a riqueza


envoltos em medo do porvir e incerteza.




Marcha o fogo para o fim… E emudece.


Na noite atroa o som de bater de palmas.


Já chegou, já chegou o Ano Novo,


já lá vai, já lá vai embora o povo.


É a vez da esperança renascer nas almas.


                                  


                                                         
Fina d’Armada

Sem comentários: