domingo, 17 de setembro de 2017

OS SONHOS SÃO PÉTALAS DA VIDA



O sonho repica à minha beira
Vagueia na mente em frenesim
Corre lentamente na minha ribeira
Sempre à procura de mim.

Passa em cada viagem
Mensagem nem sempre presente
Na diversidade da imagem
Tacteia, ora triste ora contente.

Mas quando acordo, morre
Tantas vezes sem fim
No sono, o sonho vadio corre
Sem querer olhar para mim.

Venero os sonhos da minha mente
Das entranhas puras da razão
A percorrerem a minha corrente
Nas águas límpidas da inspiração.

Vidas sem sonhos são adormecidas
Mendigas de vontade e emoção
São como folhas caídas
Que deambulam no chão.

Álvaro Lima




3 comentários:

Unknown disse...

São sonhos que, embora adormecidos, o poeta transporta como saídos do ventre, das entranhas... Belo poema!

Maria Adelina Lopes disse...

Segundo Fernando Pessoa "O sonho é o que temos de realmente nosso", não são perdíveis...
Belo poema Álvaro Lima

Unknown disse...

Lindo. Concordo com António Gedeão: O sonho comanda avida!