segunda-feira, 4 de julho de 2016

















FRONTEIRAS

Os teus olhos,
Ainda adormecidos,
Amanhecem névoas e pássaros,
Por entre uma luz
Que rasga a pele do chão.
Ao longe, o mar azula-se
No céu que o acaricia.
Uma flor de frangipani
Suaviza o canto dos búzios
A nascer na solidão da areia.
O silêncio do sol
Cabe inteiro nas tuas mãos,
Que gritam poemas em surdina
E se desfolham pétala a pétala
Sobre o meu regaço de vidro.
     

Lurdes Breda

2 comentários:

Maria Adelina Lopes disse...

Ternura & Ternura perfumada de frangipani.

Unknown disse...

Sim, tão ternurento. Que nunca lhe falte o encantamento e o riso!