SABER-ME
Saber-me
de barro
de
carne e de vento
saber-me
mansa e bravia
ver
o firmamento
abraçá-lo
com os meus braços longos
sem
o leve movimento.
Ter
o centro do mundo na mão
e
acima do meu sono, dar-lhe vida
senti-lo
amargo, senti-lo música
bebê-lo
na malvasia apetecida.
Ai
de mim!
Se
no triz do desespero
Não
acendo um dia novo
Se
no meu corpo de pedra
Não
nascerem asas de fogo.
Anabela
Coelho
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