quinta-feira, 9 de junho de 2016



Manifesto do Sonho

Venho de longe…
Onde tua memória não alcança

Do início dos tempos…
Em que asas se confundem com palmeiras
No Oásis dos senhores da criação

Repara!
Não foste tu que me criaste
Mas sim eu que te dei vida

Dei-te formas e feitios
O pomar os socalcos e a vinha
Para me reencontrares

Atenta!
Sou teu Alfa e teu Ómega
Bússola e astrolábio da tua peregrinação

Vá, inspira a seiva da árvore o fôlego do mar
Funda raízes, sulcos profundos, paz ardente
Passos rendidos? Nunca!

Mas escuta-me…
Por trilhos inóspitos
Ou por alamedas floridas
Caminha suavemente
Debaixo de teus pés,
Podem estar os sonhos de alguém




Maria Adelina                                 





2 comentários:

Unknown disse...

Bonito poema! pelo sonho é que vamos... E que nunca se esmaguem os sonhos dos outros. O direito ao sonho é universal!

Unknown disse...

Saltei a pés juntos para o poema! Belo!
“Compreender a poesia é olhá-la sem a tentação de perguntar nada. É aceitar o núcleo de silêncio donde todas as formas se destacam…”