segunda-feira, 6 de junho de 2016








QUASE POR MAGIA











Ardente é o sangue
Que gira em vão nas nossas veias
Suave dormente
A jorrar bem longe, em finas areias
Soltando no fundo
Uma voz calada, que bate no coração
Pintando um quadro
Num lençol de água, cresce a emoção
Nosso rosto vibra 
Com sensações fortes, por telepatia
Silêncio Divino
Mostrado na face, quase por magia
O tempo escasseia
Neste mundo louco, que é meu também
um anjo aparece
prende-nos a mão, e não há ninguém
O respirar é um perfume que se tem
A nostalgia faz parte de um pedestal
Toda a quimera larga sempre o que não tem
A madrugada é o silêncio de Cristal

Carlos Arzileiro Pereira

3 comentários:

Unknown disse...

Profundo! Parabéns por partilhar o que vai escrevendo ao correr da pena. Que a vida nos premeie com poesia.

Unknown disse...

Bonito poema! neste mundo louco, há que encontrar magia!

Maria Adelina Lopes disse...

A quimera na poesia é o seu ingrediente fundamental. Muito bonito