EPIFANIA
Por
onde anda a frágil menina
A
impercetível, a singular
A que
seguia grave, em contramão
Levando
na mão direita o sonho
E
três malmequeres em botão?
Viram
a cativa de lábio doce?
Que
passava nas margens de um rio mudo
Perene
olhar da harmonia a beber silêncios
Rasto
de lenda, sem dizer nada
Também
ela rio, gaivota azul
Calada,
calada...
Não
a chamem pelo seu nome
Quando
atravessar o deserto
Quando
nada acrescentar ao infinito
Procurem-na
no sorriso
E
no sol dos seus cabelos.
Vejam!
Chegada
ao anfiteatro, vagarosa
Passeia
a sua alta imaginação...
E
a canção que vai com ela
Floresce
os malmequeres em sua mão!
Anabela
Coelho
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