quinta-feira, 15 de março de 2018

SILÊNCIO



SILÊNCIO

Ouvir a tua voz
E não te ouvir!
Não por estares longe...
Ouvir os teus silêncios
Caírem como sombras sobre as coisas
E nada ouvir!
Não por estares longe...
Ver a tua mão, no escuro, e
Como se entre nós corresse um rio
Não haver um gesto, mesmo breve,
De prendê-la!
Não por estares longe...


A. Alves Cardoso



4 comentários:

Unknown disse...

Poema muito bonito! Quantas vezes estando perto, mas longe!

Unknown disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Unknown disse...

Lindo! Um poema cheio de silêncio que é tanto.

Maria Adelina Lopes disse...

Excelente descritivo da realidade de tanta gente. O ruído do silêncio pode ser ensurdecedor no bom ou no pior sentido, que vença sempre, a paz interior.