O meu
olhar é nítido como um girassol.
Tenho o
costume de andar pelas estradas
Olhando
para a direita e para a esquerda,
E, de vez
em quando, olhando para trás...
E o que
vejo a cada momento
É aquilo
que nunca antes eu tinha visto,
E eu sei
dar por isso muito bem...
Sei ter o
pasmo essencial
Que tem
uma criança se, ao nascer,
Reparasse
que nascera deveras...
Sinto-me
nascido a cada momento
Para a
eterna novidade do Mundo...
Creio no
mundo como num malmequer,
Porque o
vejo. Mas não penso nele
Porque
pensar é não compreender ...
O Mundo
não se fez para pensarmos nele
(Pensar é
estar doente dos olhos)
Mas para
olharmos para ele e estarmos de acordo...
Eu não
tenho filosofia: tenho sentidos...
Se falo na
Natureza não é porque saiba o que ela é,
Mas porque
a amo, e amo-a por isso,
Porque
quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe
por que ama, nem o que é amar ...
Amar é a
eterna inocência,
E a única
inocência não pensar...
Fernando
Pessoa - Alberto Caeiro
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quinta-feira, 30 de novembro de 2017
Homenagem na data da sua morte.
quarta-feira, 29 de novembro de 2017
Preservação...a palavra de ordem
Quantas Cores o Vento Tem
Tu achas que sou uma selvagem
E conheces o mundo
Mas eu não posso crer
Não posso acreditar
Que selvagem possa ser
Se tu é que não vês em teu redor
Teu redor
Tu pensas que esta terra te pertence
Que o mundo é um ser morto,
Mas vais ver que cada pedra, planta ou criatura
Está viva e tem alma, é um ser.
Tu dás valor apenas às pessoas
Que acham como tu sem se opor
Mas segue as pegadas de um estranho
E terás mil surpresas de esplendor
Já ouviste um lobo uivando no luar azul
Ou porque ri um lince com desdém
Sabes vir cantar com as cores da montanha
E pintar com quantas cores o vento tem
E pintar com quantas cores o vento tem
Vem descobrir os trilhos da floresta
Provar a doce amora e o seu sabor
Rolar no meio de tanta riqueza
E não querer indagar o seu valor
Sou a irmã do rio e do vento
A garça, a lontra, são iguais a mim
Vivemos tão ligados uns aos outros
Neste arco, neste círculo sem fim
Que altura a árvore tem
Se a derrubares não sabe ninguém
Nunca ouvirás o lobo sob a lua azul
O que é que importa a cor da pele de alguém
Temos que cantar com as vozes da montanha
E pintar com quantas cores o vento tem
Mas tu só vais conseguir
Esta terra possuir, se a pintares
com quantas cores o vento tem
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=Jc87pWX87Xg
sábado, 25 de novembro de 2017
Um mimo a vogar na beleza do Mondego
O prémio maior é a expressão do carinho dos amigos. Fiquei deliciada com a surpresa e pela foto do Mondego, mais ainda pelo reconhecimento do poema vindo de quem vem, uma exímia poetisa. Muito grata Dra. Anabela Coelho
Eça de Queirós - Parabéns Poeta
José Maria de Eça de Queirós
25 de Novembro
de 1845 // 16 de Agosto de 1900
Senhor-Povo
Eu, que vivi
e observei
no foco irradiante da moderna concepção
das reivindicações sociais,
testemunho, de visu,
que os mais preclaros apóstolos
da igualdade não gostavam da multidão,
porquê lhes cheirava a gente;
não se aproximavam dos miseráveis,
porque receavam o seu contacto,
que lhes sujava o brilho do fato
e lhes transmitia o micróbio patogénico
de várias moléstias infecciosas,
e confessavam, desdenhosamente, o seu asco
pela porcaria revoltante do Senhor-Povo,
a que enalteciam e lisonjeavam
nas frases campanudas dos seus discursos,
ou dos seus escritos demagógicos e igualitários. ”
no foco irradiante da moderna concepção
das reivindicações sociais,
testemunho, de visu,
que os mais preclaros apóstolos
da igualdade não gostavam da multidão,
porquê lhes cheirava a gente;
não se aproximavam dos miseráveis,
porque receavam o seu contacto,
que lhes sujava o brilho do fato
e lhes transmitia o micróbio patogénico
de várias moléstias infecciosas,
e confessavam, desdenhosamente, o seu asco
pela porcaria revoltante do Senhor-Povo,
a que enalteciam e lisonjeavam
nas frases campanudas dos seus discursos,
ou dos seus escritos demagógicos e igualitários. ”
Eça de Queirós
sexta-feira, 24 de novembro de 2017
quinta-feira, 23 de novembro de 2017
Herberto Helder - Parabéns Poeta
Herberto Helder
23 de Novembro 1930 // 23 Março 2015
Amo devagar os amigos que são tristes com cinco
dedos de cada lado.
Os amigos que enlouquecem e estão sentados, fechando os olhos,
com os livros atrás a arder para toda a eternidade.
Não os chamo, e eles voltam-se profundamente
dentro do fogo.
— Temos um talento doloroso e obscuro.
Construímos um lugar de silêncio.
De paixão.
Os amigos que enlouquecem e estão sentados, fechando os olhos,
com os livros atrás a arder para toda a eternidade.
Não os chamo, e eles voltam-se profundamente
dentro do fogo.
— Temos um talento doloroso e obscuro.
Construímos um lugar de silêncio.
De paixão.
Herberto Helder
A Recessão (texto tão trágico na sua previsão)
Reveremos calças com remendos
vermelhos pores do sol sobre as aldeias
vazias de carros
cheias de pobre gente que terá voltado de Turim ou da Alemanha
Os velhos serão donos de suas muretas como poltronas de senadores
e as crianças saberão que a sopa é pouca e o que significa um pedaço de pão
E a noite será mais negra que o fim do mundo e de noite ouviremos os grilos ou os trovões
e talvez algum jovem entre aqueles poucos que voltaram ao ninho tirará para fora um bandolim
O ar terá o sabor de trapos molhados
tudo estará longe
comboios e autocarros passarão de vez em quando como num sonho
E cidades grandes como mundos estarão cheias de gente que vai a pé
com as roupas cinzas
e dentro dos olhos uma pergunta que não é de dinheiro mas é só de amor
somente de amor
As pequenas fábricas no mais belo de um prado verde
na curva de um rio
no coração de um velho bosque de carvalhos
desabarão um pouco por noite
Mureta por mureta
Tecto em chapa por tecto em chapa
E as antigas construções
serão como montanhas de pedra
sós e fechadas como eram uma vez
E a noite será mais negra que o fim do mundo
e de noite ouviremos os grilos e os trovões
O ar terá o sabor de trapos molhados
tudo estará longe
comboios e autocarros passarão
de vez em quando como num sonho
E os bandidos terão a face de uma vez
Com os cabelos curtos no pescoço
e os olhos de suas mães cheios do negro das noites de lua
e estarão armados só de uma faca
O tamanco do cavalo tocará a terra leve como uma borboleta
e lembrará aquilo que foi o silêncio o mundo
e aquilo que será.
PIER PAOLO PASOLINI
(Agradecidos ao blogue: http://dobercoateaotumulo.blogspot.pt/)
vermelhos pores do sol sobre as aldeias
vazias de carros
cheias de pobre gente que terá voltado de Turim ou da Alemanha
Os velhos serão donos de suas muretas como poltronas de senadores
e as crianças saberão que a sopa é pouca e o que significa um pedaço de pão
E a noite será mais negra que o fim do mundo e de noite ouviremos os grilos ou os trovões
e talvez algum jovem entre aqueles poucos que voltaram ao ninho tirará para fora um bandolim
O ar terá o sabor de trapos molhados
tudo estará longe
comboios e autocarros passarão de vez em quando como num sonho
E cidades grandes como mundos estarão cheias de gente que vai a pé
com as roupas cinzas
e dentro dos olhos uma pergunta que não é de dinheiro mas é só de amor
somente de amor
As pequenas fábricas no mais belo de um prado verde
na curva de um rio
no coração de um velho bosque de carvalhos
desabarão um pouco por noite
Mureta por mureta
Tecto em chapa por tecto em chapa
E as antigas construções
serão como montanhas de pedra
sós e fechadas como eram uma vez
E a noite será mais negra que o fim do mundo
e de noite ouviremos os grilos e os trovões
O ar terá o sabor de trapos molhados
tudo estará longe
comboios e autocarros passarão
de vez em quando como num sonho
E os bandidos terão a face de uma vez
Com os cabelos curtos no pescoço
e os olhos de suas mães cheios do negro das noites de lua
e estarão armados só de uma faca
O tamanco do cavalo tocará a terra leve como uma borboleta
e lembrará aquilo que foi o silêncio o mundo
e aquilo que será.
PIER PAOLO PASOLINI
(Agradecidos ao blogue: http://dobercoateaotumulo.blogspot.pt/)
quarta-feira, 22 de novembro de 2017
O Dom de Amar
Do som a melodia
Do
vento a acção
Do
vazio a razão
Amar,
não é sentimento ou emoção
É
luz no seio da escuridão
É
o perfume do deserto
É
o poder da absolvição
Amar
não é dar ou receber, mas partilhar
A
dádiva de se ser o que é
A
letra duma canção
A
lágrima que resgata
Amar,
não é corpo ou obrigação
Mas
sim fogo ardente
Que
eleva o presente
Às
oitavas de Deus Mãe
Amar,
é tão só a capacidade do teu Centro Sagrado reflectir a Luz, tua escolha, e
opção.
Maria
Adelina
segunda-feira, 20 de novembro de 2017
20 de Novembro dia da Declaração Universal dos Direitos da Criança
O
riso é uma das mais divinas experiências, mas muito poucas pessoas riem de
fato.
O riso delas é fraco - ou é intelectual, ou apenas uma fachada, ou uma
formalidade,
ou um maneirismo, mas nunca é total.
Se um homem conseguir rir de verdade,
com o coração
e sem se conter,
nesse momento algo formidável pode acontecer - porque o riso, quando é total,
desliga-se totalmente do ego,
e esta é a única condição em que se conhece Deus: desligando-se do ego.
Há muitos modos de se desligar do ego, mas o riso é o mais bonito.
O riso não precisa de talento.
Na verdade, as crianças riem da maneira mais bonita, da maneira mais total.
Quando crescem, seu riso se torna fraco, elas começam a reprimi-lo, começam
a pensar se devem rir ou não, ou se é certo rir em tal e tal situação.
Aprenda novamente a rir como criança - rir total e conscientemente -,
e não apenas dos outros, mas de si mesmo também.
Não se deve jamais perder uma oportunidade de rir.
O riso é oração.
ou um maneirismo, mas nunca é total.
Se um homem conseguir rir de verdade,
com o coração
e sem se conter,
nesse momento algo formidável pode acontecer - porque o riso, quando é total,
desliga-se totalmente do ego,
e esta é a única condição em que se conhece Deus: desligando-se do ego.
Há muitos modos de se desligar do ego, mas o riso é o mais bonito.
O riso não precisa de talento.
Na verdade, as crianças riem da maneira mais bonita, da maneira mais total.
Quando crescem, seu riso se torna fraco, elas começam a reprimi-lo, começam
a pensar se devem rir ou não, ou se é certo rir em tal e tal situação.
Aprenda novamente a rir como criança - rir total e conscientemente -,
e não apenas dos outros, mas de si mesmo também.
Não se deve jamais perder uma oportunidade de rir.
O riso é oração.
(OSHO)
domingo, 19 de novembro de 2017
E o poema mistério é....
A todos que comigo partilharam a Menção Honrosa atribuída a este poema pelo Museu Nacional da Imprensa, aos que estiveram em pensamento, e à enorme "claque" presencial a minha profunda gratidão, MA
Por vezes
Por vezes fogem as palavras
Por tempo indeterminado
Que não deixa eco ou vazio
E torna o meu céu mais claro
Sinto a chuva a correr
Mesmo quando não chove
Lembra-me o sorriso que escondes
Sangue em pingentes, tão teu
Por vezes retornam as palavras
Vazias e tolas, mas que se pode esperar
De fórmulas conjuntivas e disjuntivas
Que nunca experimentaram o amor
Por vezes apagam-se as palavras
Não as mereces, nem tu nem eu
São o fumo negro da lenha verde
Que embaciam o fogo deste rubi
Que de mansinho se torna rio de lava
E dá vida ao vulcão da alma, minha e do mundo
Por vezes…
Por vezes fogem as palavras
Por tempo indeterminado
Que não deixa eco ou vazio
E torna o meu céu mais claro
Sinto a chuva a correr
Mesmo quando não chove
Lembra-me o sorriso que escondes
Sangue em pingentes, tão teu
Por vezes retornam as palavras
Vazias e tolas, mas que se pode esperar
De fórmulas conjuntivas e disjuntivas
Que nunca experimentaram o amor
Por vezes apagam-se as palavras
Não as mereces, nem tu nem eu
São o fumo negro da lenha verde
Que embaciam o fogo deste rubi
Que de mansinho se torna rio de lava
E dá vida ao vulcão da alma, minha e do mundo
Por vezes…
Maria Adelina
sábado, 18 de novembro de 2017
quarta-feira, 15 de novembro de 2017
Esvoaçar
Esvoaçar
Hoje, vou contar-vos um segredo ...
Eu gostava tanto de ser uma Borboleta!
Sim, daquelas muito coloridas,
que bate as asas pela manhãzinha
para se ir refrescar no orvalho das plantas
e depois, durante o dia, esvoaçar ao sol, de flor em flor.
As minhas preferidas são os malmequeres e as papoilas ... ah! e os girassóis!
Ficar pousada numa destas flores e deixar que o Sol me aqueça,
para voltar a voar, dançar com o vento,
assim, simplesmente ...
Anabela Queirós
terça-feira, 14 de novembro de 2017
Quando morre um poema
Quando
morre um poema
A
galáxia obscurece
O sol
recolhe-se em luto
As
estrelas apagam
O mar
revolta-se
As nascentes
secam
Um
poema é renascer em vida
É
sentir o vibrar da ínfima flor
Perceber
o murmúrio da terra
Saber
o que nunca se aprendeu
Viajar
no colo da utopia
É o oxigénio
do fogo na caverna
Um
poema relança o coração
Na
órbita da unificação
É
razão da existência da alma
Da
ceia e da multiplicação
É o
roce de um beijo
Passageiro
do eterno
Porquê se mata um poema?
Nina
segunda-feira, 13 de novembro de 2017
Um mundo para além do meu
Um mundo para além do meu
Porque….
… somos muito mais do que nós próprios
…somos parte do todo que nos rodeia
…somos percurso, o nosso.. mas também somos
historia intemporal
…somos divino e parte da divindade, partícula do
criador e energia em criação
…somos Amor e mesmo no sofrimento somos percurso
para esse Amor
...somos 7 …somos cor
…somos 3 …somos índigo, azul e verde
…somos música…caos ou harmonia…presença ou
ausência…
..somos luz …calor…riso e quietude ,
latência…gira, gira…somos amarelo e laranja e vermelho.
…somos água
…somos caos ,dor , escuro … terror e quietude,
latência…permanência até dever estar
..e depois de novo centelha. ..somos Prana
ou somos parte desse mundo para além do meu
…somos violeta , somos Nirvana
Graça Amorim
quinta-feira, 9 de novembro de 2017
quarta-feira, 8 de novembro de 2017
Recordar António Ramos Rosa
Sem dizer o fogo — vou para ele. Sem
enunciar as pedras, sei que as piso – duramente, são pedras e não são ervas.
O vento é fresco: sei que é vento, mas sabe-me a fresco ao mesmo tempo que a vento. Tudo o que eu sei, já lá está, mas não estão os meus passos e os meus braços. Por isso caminho, caminho porque há um intervalo entre tudo e eu, e nesse intervalo, caminho e descubro o meu caminho.
Mas entre mim e os meus passos há um intervalo também: então invento os meus passos e o meu próprio caminho. E com as palavras de vento e de pedra, invento o vento e as pedras, caminho um caminho de palavras.
Caminho um caminho de palavras
(porque me deram o sol)
e por esse caminho me ligo ao sol
e pelo sol me ligo a mim
E porque a noite não tem limites
alargo o dia e faço-me dia
e faço-me sol porque o sol existe
Mas a noite existe
e a palavra sabe-o.
António Ramos Rosa
O vento é fresco: sei que é vento, mas sabe-me a fresco ao mesmo tempo que a vento. Tudo o que eu sei, já lá está, mas não estão os meus passos e os meus braços. Por isso caminho, caminho porque há um intervalo entre tudo e eu, e nesse intervalo, caminho e descubro o meu caminho.
Mas entre mim e os meus passos há um intervalo também: então invento os meus passos e o meu próprio caminho. E com as palavras de vento e de pedra, invento o vento e as pedras, caminho um caminho de palavras.
Caminho um caminho de palavras
(porque me deram o sol)
e por esse caminho me ligo ao sol
e pelo sol me ligo a mim
E porque a noite não tem limites
alargo o dia e faço-me dia
e faço-me sol porque o sol existe
Mas a noite existe
e a palavra sabe-o.
António Ramos Rosa
terça-feira, 7 de novembro de 2017
segunda-feira, 6 de novembro de 2017
sábado, 4 de novembro de 2017
Liberdade
Liberdade
Por vezes a poesia voa mais
longe
perde-se no infinito deixa-me
sozinha
E os meus olhos descem à terra
entre seiva e raízes reajustam a
visão
Perséfone renasce
No âmago da escuridão,
nascente da luz vibrante,
a poesia retorna
na liberdade nunca perdida
A.
sexta-feira, 3 de novembro de 2017
Mãe
Faces
frias mãos dormentes
Com sua
pele enrugada
A
mulher de quem vos falo
É a
minha mãe amada.
Já
cansada e sem forças
Com sua
cor de marfim
A minha
querida mãe
Já esta
perto do fim.
Como
esta desiludida
Sabe
que não vai vencer
Tanta
dor tanta angustia
Que
terá para sofrer.
É
alguém que nesta vida
Sempre
deu o seu melhor
É
alguém que ao partir
Faz
murchar uma flor.
É o
cair de uma muralha
Que um
dia foi construída
Entre
as agruras do tempo
Numa
vida destruída.
Carlos
Arzileiro Pereira
quarta-feira, 1 de novembro de 2017
1 de Novembro - Saudação e Louvor aos Santos
Saudação
e Louvor aos Santos
Aos que
deram a vida pela sua Fé
E aos que
connosco sua vida partilharam
Irmãos
finados, dispersos nos planos siderais
Seja
vossa paz, a nossa herança
Pela
prece que vos liberta e eleva
Aos sublimes
jardins da redenção
Oramos,
em entrega e penhor
De
gratidão e infinito amor
Amém
A.
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