sexta-feira, 3 de novembro de 2017

Mãe



Faces frias mãos dormentes
Com sua pele enrugada
A mulher de quem vos falo
É a minha mãe amada.

Já cansada e sem forças
Com sua cor de marfim
A minha querida mãe
Já esta perto do fim.

Como esta desiludida
Sabe que não vai vencer
Tanta dor tanta angustia
Que terá para sofrer.

É alguém que nesta vida
Sempre deu o seu melhor
É alguém que ao partir
Faz murchar uma flor.

É o cair de uma muralha
Que um dia foi construída
Entre as agruras do tempo
Numa vida destruída.

Carlos Arzileiro Pereira


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