segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

Silêncio





SILÊNCIO   

Às vezes eu queria perceber
O que dizem os silêncios
Por vezes raiva, por  vezes dores
Ou um sinal de não valer a pena…

Sim, por vezes, eu só queria saber
O que em gestos não se sabe
Se são águas, se são ondas
Ou de que são feitas as palavras…

Por vezes, talvez até nem digam nada
Ou então dizem tudo e não sabemos.
Ah! Gostava de saber de que são feitos
Os silêncios demorados dos teus olhos…

Às vezes, sei. Por vezes, não.
E no entanto, só a tentativa de encontrar-te
Talvez já seja algum caminho
Oculto entre os silêncios
E só visíveis aos olhos de quem busca… 


A. Alves Cardoso 

3 comentários:

Cecília Pires disse...

Quando o silêncio impera e só restam as dúvidas, as incertezas, os sentidos ocultos, só visíveis aos olhos dos mais atentos e dos que buscam... Bonito Poema sobre um tema que nunca se esgota. Parabéns!

Anónimo disse...

O silêncio e sua misticidade no raio das incertezas que acompanham a vida, Lindo poema!

Unknown disse...

Belo!