Amor que
inunda a alma
O amor
que inunda minha alma é transparente
Não tem desenhados
os traços de um rosto
Mas tem vincada
a doce pressão do enlace
Dos braços
extensos, fortes, da eternidade
Cada palavra
minha tem o som de um poema
Que flui em
cascata, água sagrada
Ressalta em
búzios burilados, diamantes
Em cujo
brilho está gravado o enigma da vida
Cada ano
me aproxima da estação engalanada
Do reencontro
com a voz do meu amparo
Beijo que
ressuscita, água no deserto
Fogo da minha
alma
Que o
tempo temperou com sol e lua, e
Estrelas alfabetos
que lhe compõem o nome
A memória
desenhará seu rosto na estação
Onde os
comboios em breve se encontrarão
Maria de Jesus
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