Devagarinho
Escrevo-te
devagarinho
Desenho
cada letra
Como
se fora um dia
Numa
carta eterna
Amo-te
devagarinho
Não
vá cansar o tempo
Rol
de pergaminho
Nas
asas do vento
Olho-te
devagarinho
Para
gravar a promessa
De
ver pelos teus olhos
A
radiância de Deus
Sinto-te
devagarinho
Na
folha que se despede
Dança,
balança em espiral
E
adormece em meu regaço
Penso-te
devagarinho
Em
lampejos de emoção
Soluço
que se torna dom
Raio
de sol em cada mão
Maria
de Jesus
4 comentários:
Lindo! li este poema devagarinho, interpretei-o e sinto-me especial! Parabéns
Existem formas superlativas de amar que nada esperam ou exigem. Onde o fogo é gerador, ardente, mas não se consome, é ígneo, penso ser esse o sentir da autora expresso neste poema. É lindo sim, o poema, e esse tipo de amor que é raro, muito raro, sendo incompreensível para a maioria, inclusive, para os que o motivam.
Lindo! Devagarinho, mas muito intenso, cheio de sentimento, de intenção e de emoção. As coisas boas devem sentir-se/viver-se devagarinho, para perdurarem mais tempo.
É devagarinho que se contagiam as almas. Poema nobre e muito sentimental!
Enviar um comentário