ESTRADA PARA LADO NENHUM
Platão caminhava vendo sombras,
Aristóteles as coisas, os reais
Eu vejo a sombra das coisas
E pouco mais!
Sentado junto à caverna
Que existe em cada um de nós
Vejo passar o rio das memórias
Para a foz
Do esquecimento.
Tudo sombras, meu velho Platão,
Tudo sombras! Real, Real
Só a ilusão.
Aristóteles não passa de um grande tolo!
O real não pode ser assim real
Tão doloroso ele é
E tão brutal!
Zenão tinha razão
Zenão é que estava certo
Ninguém chega ao seu destino
Não há longe nem há perto…
A. Alves Cardoso
3 comentários:
Palavras que mexem no restolho da alma António Cardoso...
Que nunca o Sol nos ofusque
E nossos olhos sejam rios de luar
Porque mito…é o que quisermos criar..
Parabéns a essa mente brilhante e que sentado junto á sua caverna possa sempre pintar os rios das suas memórias
Tão lindo!
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