segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Saudade



Saudade


Na penumbra da mente
soltam-se reminiscências
nomenclaturas de dores e alegrias
que extravasam do coração
e fazem chorar.
Oh, Saudade!
Dos tempos…
dos cheiros e dos sabores,
dos pontos de partida,
e das noites mal dormidas,
dos encantos e desencantos,
tesouros que trago comigo
a alegrar o coração
amores que me cativaram,
aonde estão?
Oh, Saudade!
Que o tempo nunca desgasta
seiva transparente da alma
cantada na melancolia do fado
és tanta, és tão forte
e misteriosa palpitas,
mesmo depois da morte.
Oh, Saudade!
passado sempre presente
fado da alma da gente!


Álvaro Lima






3 comentários:

Unknown disse...

Muito bonito! Esta saudade fica tão bem no tecido do poema! Parabéns!

Cecília Pires disse...

Que bonito poema! Muito bem concebido. Parabéns ao autor e que continue a brindar-nos com poemas tão belos quanto este.

Unknown disse...

Muito bem expresso aquele que é o sentimento que só a alma lusa consegue perceber