Se...
Se
eu tivesse o dom da palavra
E
fosse tecelão de frases e verbos
Faria
um tapete imaginário de rosas
E
uma casa algures poisada nas nuvens...
Se
os dedos conseguissem ser violinos,
Oboés,
cítaras ou mágicas flautas
O
teu acordar seria sempre uma festa
E
adormeceria sob o pianíssimo de uma sonata barroca....
Mas
sou o que sou, limitado, imperfeito,
De
voz rouca e dedos sem asas
Mas
mesmo assim queria voar
Por
entre os céus dos teus braços abertos...
Que
ninguém é dono de todos os sonhos
Nem
pastor de futuros e ânsias
Que
nos povoam o peito
Apesar
de rasteiro, eu quero ser mais,
Apesar
de caído, eu anseio voar...
A. Alves Cardoso
3 comentários:
Voar é também um estado de alma. Bonito poema.
Lindo!
Sim, voar é sobretudo um estado de alma, uma forma de estar na vida... Muito bonito!
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