quarta-feira, 2 de maio de 2018

Quando morre um poema


Quando morre um poema
A galáxia obscurece
O sol recolhe-se em luto
As estrelas apagam
O mar revolta-se
As nascentes secam

Um poema é renascer em vida
É sentir o vibrar da ínfima flor
Perceber o murmúrio da terra
Saber o que nunca se aprendeu
Viajar no colo da utopia
É o oxigénio do fogo na caverna

Um poema relança o coração
Na órbita da unificação
É razão da existência da alma
Da ceia e da multiplicação
É o roce de um beijo
Passageiro do eterno


Alma Mater



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