terça-feira, 8 de maio de 2018

O HOMEM NOVO - (Ciclo Anabela Coelho)




Que tempo é este que escorre pela janela
Preso às lianas cibernéticas
Que não anuncia a estação do homem novo
Sem grama nas mãos
Com veias lavadas
Sentado
Com asas.

O Homem novo!
Vindo da raiz silente
Que se eleva no ventre da mãe
E no branco da palavra
E salta a pés juntos
Para a voz ardente do silêncio
E voa nas crinas do vento
Para dentro do fogo.

Anabela Coelho


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