O meu
menino é dos bons,
Dos
que não querem
Nem
ouro, nem incenso, nem mirra,
E
dispensa anjos, trombetas, pastores,
Ou
estrelas que guiem os magos.
E
mesmo os animais, como enfeites,
Devem
estar longe da gruta.
O
meu Menino-Jesus apenas quer dormir
Como
os outros meninos,
Sem
luzes, presépios, incensos...
Por
isso, fechei a porta devagarinho
E
corri com os mirones, intrusos,
Para
o mais longe possível,
Que
o menino está dormindo
Nos
braços da sua mãe...
António
Alves Cardoso
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