NATAL
Quando
se acende a luz do verdadeiro Natal?
A
luz do sorriso de uma criança
nos
que dormem em lençóis, vincados, de relento,
quando
acedemos essa luz da caridade e da mudança.
Quando
os que passeiam na revolta,
cheguem
á doçura da paz.
Os
que suportam o calvário da dolência,
sintam
o coração cheio de amor.
Quando
aos que semeiam a ingratidão,
levamos
a ternura de uma flor
e
a semente onde não germina solidão.
E
nas pegadas, sulcadas, de amargura,
levamos
o vento, bom, da esperança.
E
quando ao cansado velhinho,
que
se perdeu dos anos e do caminho
o
escutamos sem pressa, ao ritmo do seu coração
na
certeza que o deixemos mais vivo
e
mais leve na solidão.
Ah!
Quando a palavra é um dom
e
toma o caminho, sábio, das parábolas,
o
Natal é paz, o Natal é amor!
Vestem-se
de cor as cidades, as vilas e as aldeias.
Nos
lares, respira-se o aroma do pinheiro
colorido
com os tons da imaginação,
com
a essência e a cor de cada alma.
Na
lareira, o lume ilumina e aquece
a
ceia farta, o espírito e as memórias.
As
crianças exultam de alegria
com
a chegada, esperada, do pai Natal.
O
Natal é esperança renovada
que
alimenta cada coração
uma
suave mística sempre lembrada
no
caminho de cada geração.
Álvaro Lima
1 comentário:
O Natal, esse tema que tem inspirado os escritores ao longo dos séculos e que traz sempre um halo de esperança e humanidade, num mundo às vezes tão cruel. Ainda bem que ainda há pessoas sensíveis à dor alheia. Parabens! Nunca serão demais as reflexões sobre as maleitas do mundo.
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