EFÉMERO
A noite
encontrou-a sozinha
De olhos
vazios, cansados
Respirava o
céu com o peso do chão perdido
E o
pensamento esgarçava no abismo
E no
silêncio das figuras frias.
Olhava o
medo no espelho espedaçado
Sete vezes
sete são os segredos
Que apertava
na raiz da mão.
A noite
estendeu o seu braço longo
E o seu
convite mudo
Saiu com a
alma dobrada
Foi pelo mar
noturno...
E ninguém
soube de nada!
Anabela
Coelho
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