quinta-feira, 26 de outubro de 2017

EFÉMERO




EFÉMERO

A noite encontrou-a sozinha
De olhos vazios, cansados
Respirava o céu com o peso do chão perdido
E o pensamento esgarçava no abismo
E no silêncio das figuras frias.

Olhava o medo no espelho espedaçado
Sete vezes sete são os segredos
Que apertava na raiz da mão.

A noite estendeu o seu braço longo
E o seu convite mudo
Saiu com a alma dobrada
Foi pelo mar noturno...
E ninguém soube de nada!


Anabela Coelho

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