Não quero
voltar aos mesmos lugares,
feitos a
preceito para fascinar
o limitado
campo sensorial de cada ciclo
Não quero
voltar aos mesmos lugares,
pois se os
sentir iguais algo errado existe,
ou eles, ou
eu, ficaram no limbo do tempo
Não quero
voltar aos mesmos lugares,
sala de
espelhos destorcedores que mimam
as
superficiais fantasias e ilusórias necessidades
Não quero
voltar aos mesmos lugares,
ser arca
adornada de vaidades
em desalinho,
mascaradas de verdades
Mas quero!
vales de límpido reflexo
vales de límpido reflexo
cumes com
aroma do céu
estepes que
cantam
savanas que
inebriam
árvores que
dançam
mãos que se
tocam
olhares que
curam
palavras
ditas, ou não
mas que
sejam moldadas
no sopro dos
anjos
de tão
verdadeiras… Eu quero!
Maria
Adelina
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