RE_
Começar
Há gente
onde a ternura chega
e a
reflecte como água límpida
palavras agregadas na mesma barca
que vogam
rio abaixo como mensageiros de paz
Outros há
que afundam velas e veleiros
meteoros
perdidos na espiral da vida
no
destino que os gravita, em queda
crateras,
leitos de rio… quiçá um dia
Há os que
desenho em traço largo
quanto
mais largo mais fundo
deuses
inventados
baixo-relevo
na alma inquieta
e as
tempestades lavam o barro
tapam
ruínas destapam horizontes
e há o
tempo,
apagador
da lousa da vida
Porque há
sempre um recomeço
Na dança
entre a onda e a maré
Na
paisagem oculta por um sol moribundo
Nas
páginas de um livro esquecido
No
sorriso, retribuído,
aos olhos
que me lêem
Maria
Adelina
Sem comentários:
Enviar um comentário