Tantas vezes vida, tantas vezes morte
Neste
momento dou ao meu perfil
a
configuração de uma haste
que, ao
primeiro sopro do vento,
adivinha
um fogo posto nas palavras.
Conheço
o rigor das noites
e o
alarmante traço
da
obsessão pelas trevas
que me
cingem os braços
quando
o reflexo do luar
incide
nas manchas do meu rosto
e com
os mais antigos olhos
posso
rever o passado:
tantas
vezes vida, tantas vezes morte.
Graça Pires
De Uma
claridade que cega, 2015
2 comentários:
Muito bom! A imagem que o acompanha é linda. Parabéns.
Um estado de alma dividido, um sentir feito de muitos sentires.
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