MEU
AMOR
Meu
amor, são nossas todas as noites e estações
É
nosso o amor que nos embala na vertigem dos dias
Os
beijos, as carícias, as emoções, as palavras eternas
E
fugidias, é nosso o vento, o sol, o mar, os rios,
O
que antes não via,
É
nosso o mistério de não haver mistério
Em
coisa nenhuma, e beleza, muita, em cada dia…
São
nossas as manhãs de verão e as tardes de inverno
A
chuva, o frio e o sol dourando as folhas e
As
árvores, o jardim repleto de folhas castanhas, amarelas,
E
nunca, meu amor, nenhum outono me pareceu assim
Tão
morno, tão sublime, e as árvores tão belas!
E
cada folha caída é um beijo a menos que demos,
Mais
perto a despedida, e cada lágrima derramada
É
o Outono onde amanhecemos, a eterna madrugada…
Estes
versos, quem sabe quem os lerá?
Mas
o nosso amor, esse, meu amor
Renova-se
em cada estação,
É
outono, é inverno, é verão,
É
primavera que não acabará!...
Cecília
Pires
3 comentários:
E por vezes faltam as palavras só me ocorre...comovente...
"E cada folha caída é um beijo a menos que demos,
Mais perto a despedida, e cada lágrima derramada
É o Outono onde amanhecemos, a eterna madrugada…"
Bravo! O Amor cantado nos dourados do outono. O Amor de todas as estações.
Elevemos as nossas vozes ao Amor verdadeiro para que tudo se complete em completo sentido.
"Quem mente sobre o amor, destrói o valor das palavras" (Elizabeth Jane Howard)
Mas, que lindo poema! O amor que toca duro e forte e que se renova em cada estação, não pode morrer. Desejo, que a autora tenha sempre muita inspiração para nos deliciar com poemas desta natureza. E que o amor, seja sempre sol, em cada etapa da sua vida.
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