HOMEM
Partículas de Deus, eis o que
somos,
Árvores primitivas, divindades
A mão divina segurando os gomos
De um Adão de todas as idades.
Tudo o que quisermos ser, é o
que somos,
Apesar das nossas vis
humanidades
E o que existe já está nos
tomos
Das nossas mesquinhas feiras de
vaidades.
Somos deuses e deusas, quase
eternos,
Feitos de pó e sargaço, feitos
de lama
E devorados por dentro pela
chama!
E nem a clara frialdade dos
invernos
Apaga a pouca luz que recebemos
Ou esconde a insatisfação do
que não temos...
A. Alves Cardoso
2 comentários:
Mais uma intensa reflexão num aprimorado poema. Parabéns ao autor.
Poema cheio de partículas da fragilidade humana, onde o autos convida á reflexão. Obrigado e parabéns.
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