quinta-feira, 24 de maio de 2018

DESENGANO (Ciclo António A. Cardoso)



DESENGANO

Um rio nos divide e no entanto 
Há barcos e marés, há ventos favoráveis. 
Que importa o medo, a angústia, o canto 
Das sereias, as dúvidas insanáveis? 

O rio corre no seu leito 
A caminho do oceano 
E nós seguimos pelo caminho estreito 
Do nosso desengano…


A. Alves Cardoso 


4 comentários:

Unknown disse...

Adorei o poema! Belíssima imagem! Perfeito.

Unknown disse...

A palavra, ou quiçá o sentimento que este poema me desperta é: Esperança...sempre
Tocante

Anónimo disse...

Bonito poema! No rio da vida o autor semeia a esperança.

Cecília Pires disse...

Acho belíssimo este poema! É amor, é ilusão, é esperança, é sonho, é desengano, é tudo... É o rio incerto por onde o homem segue a caminho da foz...