Não
sei onde para a minha alma!
Já
a sonhei lírio de luz e escuridão
Não
sei em que altar reza por mim
Não
sei se chora esta infinda escravidão.
Essa
asa de borboleta louca e negra
Que
esvoaça em mil penas lá no fundo
É
uma asa de treva e de tristeza
Que
me eleva a mendiga neste mundo.
Não
posso deixar que me vença e me leve
Viúva
negra de um tão negro céu
Vai,
desprende-te de mim, leva esse véu.
Dobrem
os sinos, chorem meu pranto
O
meu pássaro branco adormeceu
Ai,
mansas asas, pássaro cândido, ainda és meu.
Anabela
Coelho
2 comentários:
Bonito retrato de alma, numa alma com tanta alma.
Cara Anabela, tenho a certeza que Florbela, musa inspiradora deste poema, se sentiu reconhecida e amada.
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