sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Miguel Torga - 12 de Agosto de 1907 // 17 de Janeiro de 1995



Conquista


Livre não sou, que nem a própria vida
Mo consente.
Mas a minha aguerrida
Teimosia
É quebrar dia a dia
Um grilhão da corrente.

Livre não sou, mas quero a liberdade.
Trago-a dentro de mim como um destino.
E vão lá desdizer o sonho do menino
Que se afogou e flutua
Entre nenúfares de serenidade
Depois de ter a lua!

Miguel Torga, in 'Cântico do Homem'
 

1 comentário:

Unknown disse...

Não nos cansemos de cantar a liberdade. Cada um ao seu jeito.
"...Liberdade, essa palavra
que o sonho humano alimenta
que não há ninguém que explique
e ninguém que não entenda..." Cecília Meireles