terça-feira, 26 de maio de 2015
sexta-feira, 22 de maio de 2015
Se os Poetas Dessem as Mãos
Se os Poetas
dessem as mãos
e fechassem o Mundo
no grande abraço da Poesia,
cairiam as grades das prisões
que nos tolhem os passos,
os arames farpados
que nos rasgam os sonhos,
os muros de silêncio,
as muralhas da cólera e do ódio,
as barreiras do medo,
e o Dia, como um pássaro liberto,
desdobraria enfim as asas
sobre a Noite dos homens.
Se os Poetas dessem as mãos
e fechassem o Mundo
no grande abraço da Poesia.
Fernanda de Castro, in "Ronda das Horas Lentas"
e fechassem o Mundo
no grande abraço da Poesia,
cairiam as grades das prisões
que nos tolhem os passos,
os arames farpados
que nos rasgam os sonhos,
os muros de silêncio,
as muralhas da cólera e do ódio,
as barreiras do medo,
e o Dia, como um pássaro liberto,
desdobraria enfim as asas
sobre a Noite dos homens.
Se os Poetas dessem as mãos
e fechassem o Mundo
no grande abraço da Poesia.
Fernanda de Castro, in "Ronda das Horas Lentas"
quarta-feira, 20 de maio de 2015
Maria
Teresa Horta nasceu a 20/5/1937
Mãe
mãe
terminou o tempo
de sorrir
desculpa-me a morte
das plantas
tatuei a tua antiga
imagem loura
em todos os pulsos
que anjos inclinam de existires
perdi-me noite na planície
branca
sobrevivente das madrugadas
da memória
trocaram-me os dias
e as ruas de ancas
verticais
e nas minhas mãos incompletas
trouxe-te um naufrágio
de flores cansadas
e o único jardim de amor
que cultivei de navios ancorados ao espaço
Maria Teresa Horta, in 'Antologia Poética'
terminou o tempo
de sorrir
desculpa-me a morte
das plantas
tatuei a tua antiga
imagem loura
em todos os pulsos
que anjos inclinam de existires
perdi-me noite na planície
branca
sobrevivente das madrugadas
da memória
trocaram-me os dias
e as ruas de ancas
verticais
e nas minhas mãos incompletas
trouxe-te um naufrágio
de flores cansadas
e o único jardim de amor
que cultivei de navios ancorados ao espaço
Maria Teresa Horta, in 'Antologia Poética'
segunda-feira, 18 de maio de 2015
A
fascinante poesia persa, pródiga na arte de nos envolver em reflexões
profundas.
A.
Umar ou Omar-I Khayyām, poeta persa,
nasceu a 18/05/1048 // 4/12/1131.
(há 967 anos)
Não tenhas
medo dos infortúnios de hoje,
Não tenhas dúvidas, o tempo os apaga.
Se tiveres um momento oferece-o à alegria,
O que virá depois, deixemos para o depois.
*
Quando for afrontado pela hora da morte,
Arrancado pela raiz da esperança da vida,
Do barro, meu abrigo, moldem uma jarra,
Enchendo-a com vinho, ressuscitarei de novo.
*
Passei ontem no oleiro,
A sua arte é um jogo divinal,
Eu vi, embora outros não tivessem visto,
As cinzas dos antepassados nas mãos dele.
(in Ruba’iyat, traduzidos do persa por Halima Naimova, Assírio & Alvim, 2009)
Não tenhas dúvidas, o tempo os apaga.
Se tiveres um momento oferece-o à alegria,
O que virá depois, deixemos para o depois.
*
Quando for afrontado pela hora da morte,
Arrancado pela raiz da esperança da vida,
Do barro, meu abrigo, moldem uma jarra,
Enchendo-a com vinho, ressuscitarei de novo.
*
Passei ontem no oleiro,
A sua arte é um jogo divinal,
Eu vi, embora outros não tivessem visto,
As cinzas dos antepassados nas mãos dele.
(in Ruba’iyat, traduzidos do persa por Halima Naimova, Assírio & Alvim, 2009)
terça-feira, 12 de maio de 2015
Anjos do Meu Jardim
Presente
marcado pelo Céu enviado
P`ras
horas serenas das Avé-Marias
Onde
saltitam dizeres abençoados
Derramados
na eira, forrada de luz
Toalha de
alegria enfeita o altar
Um ramo
de rosas em cada olhar
Salvas de
beijos para regalar
Encontro
sentido d`Almas irmãs
Citam-nos
os Anjos a beber
Água viva
cascatas do sentir
Em doces
abraços partilhada
Na
essência de cada um renascida
Em chuva
de bênçãos derramada
No sempre
presente sou vossa
Anjos do
meu jardim..
Maria
Adelina
domingo, 10 de maio de 2015
Hoje, foi um dia feliz - Homenagem a Fina D`Armada
Sem Barreiras
Cara
Amiga, tinha a intenção de te escrever um poema
Mas como?
se a poesia tem rima, métrica, sonoridade, cadência
De que
forma conjugar num poema, o muito que te quero dizer
Preencher
aquele vazio singular que o teu nome evoca
Como se numa
refrega tivéssemos perdido a bandeira
O
estandarte da verdade que empunhaste como ninguém
Então,
resolvi escrever esta carta sem endosso ou direcção
Afinal..
será que existem barreiras, lugares, distância, separação?.
Sinto-te
tão próxima capitã d`armada celeste
A navegar
os mares da história que tão bem descreveste
Tomas agora
chá com as rainhas, os navegantes, as pioneiras
Reencontros
felizes pois de todos vestiste a pele, foste primeira
Por cá
todos bem, cegos ainda pela luz que nos rodeia
Da qual
és candeia pelo bastião da tua veracidade, incómoda,
Para a
modorra acomodada dos contadores da nossa meia-História
Onde o
feminino foi banido` por exorcismos de capa e batina
Onde a
mulher, campo e celeiro de todos os grãos…de todos
Foi!
Quiçá ainda é! Excluída do banquete dos comensais
Termino
esta missiva com os cumprimentos habituais…
…Porque
será que temos vergonha de mostrar a saudade
Se o
ocultar a emoção é suprimir o melhor da nossa humanidade
Sinto
saudade amiga, sinto saudade…
Maria Adelina
10 de
Maio 2015
terça-feira, 5 de maio de 2015
domingo, 3 de maio de 2015
HINO
À MÃE
Santificado
seja o teu nome
Assim
na Terra como em tua casa.
Nasceste
menina, mulher
Para
seres feliz, um ser amado
Não
para cumprires missões de desagrado.
Não
és virgem quando concebes
Não
pecas quando engravidas
Não
és impura em livro sagrado
Não
tens a culpa que deram a Eva.
Tu
és divina quando dás à luz
Gerando
vidas eternamente.
Santificado
seja o teu nome
Na
boca dos filhos e de toda a gente.
Sê
mãe feliz, em liberdade,
Santificado
seja o teu nome
Assim
na Terra como na Sociedade.
Fina D`Armada
Do
livro : Mar Nosso de Cada Dia
Celtic Woman - Goodnight my angel with lyrics
Boa noite meu anjo hora de fechar os
olhos
Guarde as perguntas para outro dia
Eu acho que sei o que me tens perguntado
Eu acho que sabes o que tenho
tentado dizer
Eu prometi que nunca te deixaria
E deves sempre saber
Que onde fores
Não importa onde estejas
Eu nunca estarei longe
Boa noite meu anjo hora de dormir
Ainda há muito que eu quero dizer
Lembra de todas as canções que cantaste
Quando navegamos numa balsa de
esmeralda
E como um barco no oceano
Estou a levar-te para dormir
A água é escura e funda
Dentro deste antigo coração
Você sempre será parte de mim
Do do do do...
Boa noite meu anjo, hora de sonhar
E sonhe com o quão maravilhosa tua
vida será
Um dia a tua criança vai chorar mas
se lhe cantares essa música de ninar
Então em seu coração ela sempre terá
uma parte de mim
Um dia todos nós partiremos
Mas as músicas de ninar continuarão
Elas nunca morrem e é assim que nós
seremos
sábado, 2 de maio de 2015
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