sábado, 8 de março de 2014
O MAR NOSSO DE CADA DIA
Por Fina d’Armada
O mar para mim começava em Âncora
E acabava na linha do horizonte azul e fina.
Outro maior, mais bonito, com mais peixe não havia
Era um mar que podia tudo
e a quem se perdoavam as tempestades.
Cada um de nós um dia conheceu o mar
E descobriu que não só aquele existia,
Pois por toda a Terra oceanos havia
Que nos levam a novos mundos do mundo
Desde os tempos de Henrique e João Segundo.
Ó mar misterioso que para mim em Âncora nascia
Ou noutras terras que cada um de nós conheceu,
Foste afinal o mar de um povo que te chamou seu
E te tornou pelos tempos o mar nosso de cada dia.
Ó mar nosso de cada dia
Fizeste de nós aventureiros, marinheiros
E da globalização pioneiros.
Deste-nos vitórias, glórias, outras terras, emoção,
Deste viagens, encontros, novas rotas, deste pão.
Ó mar nosso de cada dia nos dai hoje
Emprego, sardinha, sal, sargaço, riquezas
Perdoai-nos por te estragarmos até às profundezas,
Como nós te perdoamos as lágrimas salgadas,
Os monstros, os barcos destroçados, as vidas sepultadas.
Ó mar, a quem Portugal, grandioso e pequeno, com seus sonhos pertencia
Continua, em novo tempo, a ser o mar nosso de cada dia.
Fina D`Armada
2007
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